Cavaco quer OTA discutida no parlamento
Cavaco manda o barro à parede e faz bem. Há em gestão pública um grupo de regras essenciais que se ensina na gestão de contratos públicos. A parcimónia do uso dos dinheiros públicos, a racionalidade das despesas e o bom senso da contratação. Quem o comprova é em primeiro lugar o governo; em segundo o Tribunal de Contas, em sede a fiscalização preventiva ou sucessiva da validade dos contratos. O país continua a defrontar-se com enormes dificuldades. Uma escolha desta natureza carece de maturação e consenso, já que o reembolso do investimento feito cairá sobre as próximas gerações. Chama-se a isto desenvolvimento sustentado. Há uma pressa do governo do Eng.o Sócrates em avançar com esta decisão, custe o que custar.
O que parece é que há gente interessada na localização da OTA, porque há já compromissos com agentes imobiliários. Falaram-me no outro dia que há um grupo de advogados ligados a Almeida Santos - repito Almeida Santos - envolvidos no negócio e nas prováveis vendas de terrenos limitrofes da OTA. Seria bom que isso se esclarecesse. É boato mas várias vezes na história da democracia portuguesa os boatos são "fumo de fogo".