Eu vi Deus. E depois?
Depois Clapton reinventou-se. Fazendo-se acompanhar de uma banda de gente nova, cujos antecedentes desconheço completamente brindou o público com a melhor secção rítmica que me foi dado ver: Steve Jordan [drums], William Weeks [baixo]. Secção negra como é bom de se ver, que só eles sabem como se rocka.
Depois a acompanhar um duo de jovens turcos da guitarra que ainda vão dar muito que falar: Doyle Bramhall II e Derek Trucks. Quando um Mestre é mestre não precisa de calara os aprendizes para brilhar. Solta-os às feras e ao génio que têm ou não têm. Neste caso têm a lot. Imaginativos brindaram-nos com alguns dos melhors rifs da noite.
Finalmente as teclas: Chris Stainton e Tim Carmon. A malhar para dar o toque.
Em momentos longuissimos de rifs e contra-rifs imaginei-me nesses concertos mágicos dos CREAM que apenas alguns filmes mauzinhos guardam para a posteridade. E nos momentos acusticos numa ruela estreita de New Orleans a ouvir uns velhinhos a cair da tripeta a tocar um blues suado, sujão, e a fazer chorar a guitarra.
É verdade esqueci-me das meninas, Michelle John e Sharon White nos backing vocals. Falta agora para se morderem a fotografia da malta.