Palestina e banditismo
Na imprensa:
O presidente palestiniano, Mahmud Abbas, decidiu demitir o governo dominado pelo Hamas e proclamar o «estado de emergência» nos territórios palestinianos. Abbas tenciona ainda apelar para o estacionamento de uma força multinacional em Gaza e planeia nomear um político independente como novo primeiro-ministro palestiniano, em substituição de Ismail Haniyeh, do Hamas. O presidente palestiniano informou já os Estados Unidos, Egipto e Jordânia da sua decisão.
A Palestina tornou-se um barril de pólvora por acção dos próprios palestinianos. A luta entre as facções tornou impraticável o acordo que havia para uma governabilidade "razoável" da Palestina. Os palestinianos tem que se recriminar apenas de si próprios. Um povo que rejeita a liberdade nao merece a liberdade que lhe é oferecida. Quando se mistura religião, paixão e política o resultado é este.
Nós que nos dedicamos ao estudo da ciência política temos que começar a repensar na sua tentativa universalidade e no carácter "absoluto" do sufrágio universal. Quando permitimos que os demagogos arrastem as populações ignorantes para este beco sem saída por força do voto começamos a entender quão perigosas são as transições apressados de um sistema opressivo [de ocupação colonial] para uma pseudo-liberdade de um sistema governado por crápulas e bandidos.
Não é um problema de falta de estado de direito; mas sim que a lei da vendetta e de Allah são exactamente a mesma coisa.
Voltarei um dia destes a este tema a propósito do livro INFIDEL [de Hayaan Ali] , que aqui recomendei há semanas e que estou nos últimos capítulos.