"Let's come togetther"?
Já aqui defendi, diversas vezes, a necessidade de promover o cinema europeu como garante de salvaguarda da cultura e da História europeia. Nunca esperei, porém, que as minhas súplicas fossem ouvidas e a UE adoptasse uma fórmula tão radical e inovadora para a sua promoção.
Nada mais, nada menos, do que um filme de 45 segundos onde se assiste a cópulas em diversas posições e com variados intérpretes, num misto de erotismo e pornografia quase “hardcore”.
Ou os eurocratas de Bruxelas quiseram dar uma de “modernaços” contrariando o seu habitual cinzentismo, ou pensaram que o objectivo do filme era uma campanha de fomento da natalidade no espaço europeu.
Mais curiosa ainda é a frase que suporta a campanha: “ Let’s come togetther”. O sentido dúbio da expressão dá azo a uma série de interpretações que oscila entre o malicioso e o solidário. E haverá também quem, numa onda revivalista, evoque o “Come together “ dos Beatles e não se esqueça de acrescentar “ right now, over me” como dizia a canção...