Eleições em Lisboa - os derrotados
Telmo Correia foi o grande derrotado. Ao não conseguir eleger nenhum vereador para o CDS/PP colocou-se numa situação difícil e voltou a colocar o líder na encruzilhada da reflexão – tão cara a Paulo Portas. Curioso vai ser observar, nos próximos tempos, o desenvolvimento das movimentações no seio do CDS/PP. Se Portas abandonar, não terá condições para impôr um regresso ( nem antes, nem depois de 2009).
A derrota de Fernando Negrão era esperada e a sua dimensão catastrófica também. Nada de surpresas, mas Marques Mendes também devia aproveitar para reflectir sobre a estratégia adoptada durante a campanha, ao tentar transpôr para o plano nacional os resultados das autárquicas lisboetas. O problema, é que o líder laranja não é dado à reflexão- prefere fazer uma interpretação peculiar dos oráculos de Marcelo Rebelo de Sousa e Manuela Ferreira Leite e apostar na fuga em frente. Não tardará muito que esteja à beira do precipício...
A forma como for resolvida a liderança no seio do PSD terá, muito provavelmente, reflexos no próprio PP e até no panorama partidário em Portugal. Um partido com Portas, Santana ( talvez mesmo Morais Sarmento e Luís Filipe Meneses) poderá emergir fruto desse desenvolvimento e de uma interpretação errada dos resultados conseguidos pelos independentes em Lisboa.
Só que o que os portugueses querem, não é um novo Partido, mas sim pessoas que lhe dêem garantia de independência e que mostrem capacidade para resolver os seus problemas.