Um mau exemplo de ser português
José Couceiro, treinador das selecções nacionais de sub-21 e sub-20 ,conduziu Portugal a dois vergonhosos desastres no Europeu e Mundial das respectivas categorias.
Com duas equipas recheadas de talentos, conseguiu exibições vergonhosas e condutas disciplinares condenáveis.
O mais normal, depois destes tristes episódios, era Couceiro pôr o lugar à disposição. Mas Couceiro- que ninguém percebe como chegou a treinador/seleccionador- mantém-se agarrado ao lugar como uma lapa e não vê razões para se demitir. Para ele, ter sido eliminado numa primeira fase do Europeu de sub-21 com apenas uma vitória sobre Israel e ter sido derrotado pela Gâmbia e pelo Chile no Mundial de sub-20, depois de uma repescagem insólita, foi “cumprir os objectivos traçados”.
Não se trata apenas de falta de ambição. Trata-se também de incompetência. Couceiro atirou com o Belenenses para a Liga de Honra ( permaneceu na I Liga graças aos episódios rocambolescos que todos conhecem) e com a mesma equipa, na época seguinte, Jorge Jesus levou o Belenenses ao 4º lugar.
Couceiro ainda não percebeu as suas limitações. Por isso reagiu como muitos outros portugueses: sou competente, mas tive azar! Demitir-se está fora de questão, porque o que pretende é ser despedido e receber a indemnização a que terá direito.
Este exemplo do mundo do futebol aplica-se a quase todos os sectores de actividade em Portugal. Por isso o País continua a viver nesta “apagada e vil tristeza” de pessoas que recusam assumir as suas responsabilidades e atribuem ao azar os seus insucessos.