Férias e Espanha
Andei por Espanha uma semana de férias e gostei. Um país arejado, limpo, boas vias rápidas, um serviço de apoio ao turista personalizado e eficiente. A Galiza e as Astúrias encheram-me as medidas. Pelas paisagens, pelo património arquitectónico [com boa manutenção], pela comida e pelas unidades hoteleiras, pelo asseio que vi. Estas últimas marquei-as à medida que avançava no percurso previamente estabelecido. Pelo telefone [móvel] mas por cartão espanhol. O da TMN mostrou-se inoperacional passada a fronteira. Razões de segurança disseram-me. Treta. As empresas portuguesas continuam a dormir e a tratar os clientes como os dos supermercados.
Um país extraordinário [e percebo o esbasbacamento do Saramago] mas com sindicatos q.b. Trabalha-se ali ao domingo e serve-se os turistas enquanto os há. Aqui funciona-se e enfia-se o turista no colete das conveniências caseiras. Desde que não atrapalhe. Basta ver a vergonha da Baixa e compará-la como eu o fiz com a zona histórica de Lugo, Oviedo ou Santiago de Compostela. Automóveis na zona histórica? Não passam, não senhor. Ficam nos parques [e há-os por todo o lado]. Zonas históricas acessíveis apenas a peões. Não me apercebi que isso fosse desfavorável ao comércio [bem pelo contrário]. Aqui quer-se o carro do vereneante dentro da loja. Não é já um problema de falta de informação mas já de caturrice e estupidez. Ou de falta de visão.
Dr. António Costa abra os olhos e siga os exemplos aqui ao lado.