domingo, 22 de julho de 2007

No regresso I

...ajusto-me ainda à escala do tempo depois de duas revigorizantes semanas em Portugal e Espanha. É bom saborear o regresso à Pátria depois de largos meses fora.

O primeiro contacto com o país é feio. A chegada ao aeroporto da Portela uma prova de ânimo [ou falta dele]. A baralhada das chegadas, a sujidade, a falta de comodidade, a anarquia na tomada do táxi. Dificilmente percebemos estar a chegar a um país europeu. O país definitivamente precisa de um novo look, de uma nova fácies. O aeroporto é a porta de entrada. Há que mudá-lo.
O argumento do despesismo é inócuo. Não me apercebi nos restaurantes, nos supermercados ou nas estradas da crise económica dos portugueses. Bem pelo contrário. Gasta-se galhardamente, sem olhar a quê ou como. E não me digam que são [só] as classes altas. Pura invenção ou discurso da "treta".
Mas toda a gente se queixa: do chofer de táxi ao amigo com quem estive de relance. É quase uma forma de estar, choramingar, resmungar.
Feias as portuguesas. A moda agora é desnudar a barriga e repuxar o decote. Nunca vi tanta mulher gorda na minha vida. A bocha, o pneu já não é exclusivo masculino, é algo partilhado, e exibido com ostentação, quase com arrogância. Não percebo já qual o ideal de beleza das portuguesas.