Regresso ao PREC?
A reabertura dos processos contra Pinto da Costa faz-me lembrar os tempos do PREC, quando a extrema –esquerda fixava alguns alvos da sua ira e procedia a julgamentos na Praça Pública.
Fundamentos para a acusação? Que é que isso interessava? Se uma amante despeitada por ter sido votada ao abandono, se lembrasse de dizer que o seu ex tinha sido da PIDE, lá corria a turba alvoroçada em perseguição do ignominioso, sem cuidar de saber se os factos relatados tinham qualquer ponta de veracidade.
O caso PC tem contornos muito pouco claros ( atenção, que não estou a dizer que ele esteja inocente) e fundamentos de acusação baseados em afirmações vertidas na forma de livro, que me fazem lembrar alguns “julgamentos” do PREC. O facto de um livro servir de “vendetta” e base para uma acusação é inédito e pode conduzir a caminhos perigosos.
Espero que tudo se esclareça com fundamento na verdade e na justiça e não como um ajuste de contas entre uma alternadeira despeitada ( cujos “apoios” também valia a pena esclarecer) e um Presidente de um clube de futebol afectivamente irresponsável.
E é sempre bom lembrar que nas épocas em que o seu Presidente é acusado de corrupção, o FC Porto ganhou “apenas” a Liga dos Campeões, a Taça Uefa e a Taça Intercontinental. Alguma outra equipa portuguesa se pode gabar de tal feito?