quinta-feira, 26 de julho de 2007

Concertos e música

Congratulo o Carlos Oliveira pelas excelentes referências à Aimee Mann, cantora-autora de enorme pujança e com obra feita na música popular anglo-americana. Tenho dois ou três discos dela. Recomendo vivamente os albuns I'm with stupid de 1995 e Whatever de 1993.
Lisboa está, alerto os mais desatentos, no circuito dos melhores intérpretes contemporâneos quer na chamada música séria, quer no pop, no rock e na onda alternativa [indy ou independente, como também é designada]. Partilho com os jovens [cá de casa] o que vai saindo e uma das rotinas que tenho é fazer cópias do que apanho com piada para a malta.
Ainda na FNAC na semana passada dei uma vista de olhos pelo quadro à esquerda da entrada e não hesito a chamar a atenção dos meus companheiros do blog e os internautas em geral para 3 excelentes concertos que estão em alinhamento para os próximos meses.
Em Setembro - a 17 e 18, respectivamente em Lisboa e Porto - Massive Attack, só a banda mais imaginativa dos anos 90, com uma discografia vastissima. Som de mistura cheio, profundo, rico em cambiantes e dançante. Concerto a não perder por razão alguma. Recomendo [para os que não conhecem] em pré-audição a compilação Collected de 2006.
Em Outubro - a 28 de Outubro, no Coliseu dos Recreios, a rainha do punk-rock, Patti Smith, uma das figuras mais emblemáticas da música moderna. Um talento indescritível, profundo. Quem espera barulho ensurdecedor e guitarras em distorção, esqueça. Uma voz rouca, mas uma capacidade melódica fabulosa. Comprei o seu album de originais [2007] em Hong Kong, Twelve, de que gostei muito. Proibido faltar.
Em Novembro - a 26 de Novembro, na Aula Magna em Lisboa - Josh Rouse. Conheci Rouse pela Radar FM e apressei-me a comprar o último disco logo que o vi na HMV. É um cantor da nova onda do folk, acústico, com temas muitos bonitos. A voz é muito bem colocada e a escrita musical muito inteligente. Para quem gosta da onda Joan Baez, Janis Ian ou James Taylor creio que se identificará imediatamente com ele. O ambiente da Aula Magna [a música dele é muito intimista] é apropriado, embora a sala persista em dificuldades acústicas. Antecipo um bom espectáculo.
Com algum interesse mas não ao nível dos anteriores, Interpol, uma banda Indy dos Estados Unidos que tem cativado enorme interesse da crítica. O último album de originais chama-se "Our love to admire". Tocam no Coliseu de Lisboa a 7 de Novembro. Para tomar o gosto oiça-se, aqui.