sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

Artigo DE 19.01.2007: GrassRoot Marketing ou fazer muito com pouco dinheiro

A Paixão de Cristo e o ‘grassroot marketing’

Mel Gibson tinha já há um par de anos o sonho de realizar um filme sobre a Paixão de Cristo, com especial ênfase no Calvário.

Paulo Gonçalves Marcos

Começamos hoje uma coluna, intitulada de Marketing Inovador, procurando que o leitor embarque na digressão sobre o papel do marketing na criação de valor accionista. E que possa retirar ilações para os agentes económicos portugueses, em geral, e para a sua actividade profissional, em particular.

Imagine que existe um empresário que se propõe produzir e comercializar um produto, em notória fase de obsolescência. Para complicar mais as coisas, um orçamento de cerca de um décimo do que era utilizado, no sector em causa, para a concepção e lançamento de um novo produto. Se lhe pedissem um prognóstico, com base nestes singelos dados, seria de elementar racionalidade pensar num fracasso comercial. Contudo…

Simultaneamente actor, realizador e produtor, Mel Gibson tinha já há um par de anos o sonho de realizar um filme sobre a Paixão de Cristo, com especial ênfase no Calvário.

O desafio a que Gibson se propôs tinha tudo para poder ser rotulado de arrojado: uma história religiosa, género consensualmente aceite que estava longe do goto dos espectadores; com uma dose elevada de violência ; falado em línguas mortas (aramaico e latim). O que estava nas antípodas daquelas que são as regras, aceites, para se conseguir um sucesso de bilheteira: personagens conhecidas; fazendo o espectador sonhar; enredo em torno de um caso de intenso amor; efeitos especiais, ajudando à percepção de grandiosidade da “estória” narrada. Ao nível da divulgação, o filme teve menos Publicidade e Promoção de Vendas do que era comum. Ao invés do convencional, a produtora recorreu intensamente ao facto do enredo ser inédito, nas décadas precedentes, para capitalizar de forma notória no facto. Gibson conseguiu arregimentar várias personalidades relevantes (líderes religiosos, jornalistas e colunistas) para as sessões de pré exibição ou exibição restrita de versões não finalizadas do filme. Isto permitiu recolher impressões junto de potenciais líderes de opinião e corrigir e adaptar o enredo do filme. Aquilo que se chama na gíria dos Estudos de Mercado de “Pré teste de produto”! Genialmente, aquelas permitiram desencadear um fenómeno de ‘grassroot marketing’. Ou seja, transformaram os eleitos, para a pré visualização, em verdadeiros agentes promotores do filme, de forma não óbvia nem remunerada!

Em breve começaram a surgir na imprensa (não obstante o pacto de silêncio) pequenas notícias sobre o filme e os seus aspectos mais particulares: o alegado anti semitismo, a violência, o grau de realismo dramático das cenas, as línguas arcaicas em que o filme era falado. Continuando fiel a uma estratégia de distribuição e comunicação de baixo custo, Gibson utilizou intensamente a Internet como canal. Ferramentas como os sítios amadores ou o oficial, www.thepassionofchrist.com, ajudaram a criar e ampliar o burburinho em torno do filme. Os sítios dos admiradores encorajaram as igrejas a exibirem trailers do filme, colocaram publicidade na Internet e promoveram a venda de bilhetes para grupos (congregações, famílias e amigos). Alguns forneciam tópicos para a realização de sermões nas igrejas, como complemento do filme. O apelo a um movimento de massas espontâneo podia ser captado, em torna a sua plenitude, no sítio oficial, na secção denominada ‘spread the word’: “espalhe a mensagem e a Boa Nova. As últimas doze horas do Salvador em filme num cinema perto de si....”. Feitas as contas o filme teve um custo total (produção e promoção) de aproximadamente de $45 milhões de dólares norte-americanos. Contudo, neste caso especifico e em apenas cinco dias, as receitas de bilheteira atingiram $125.2 milhões de dólares. E as receitas mundiais do filme, só em bilheteira, foram de mais de mil milhões de dólares, transformando-o no maior êxito cinematográfico do ano e um dos maiores na história do cinema...

www.marketinginovador.blogspot.com
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Paulo Gonçalves Marcos, Economista, gestor e professor universitário

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Iggy Pop, o essencial

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1993

Essential CLAPTON

Algumas coisas a ter numa discografia essencial:

Alguns dos "cajados" do Senhor











Já agora o plano do Eric Clapton World Tour 2006/7 T

Singapore
13 Jan 2007 (Sat)
Indoor Stadium, Singapore
Thailand
15 Jan 2007 (Mon)
Impact Arena, Muang Thong Thani, Bangkok
China
17 Jan 2007 (Wed)
AsiaWorld Arena, Hong Kong
20 Jan 2007 (Sat)
Shanghai Grand Stage, Shanghai
Korea
23 Jan 2007 (Tue)
Olympic Gymnasium No.1, Seoul
New Zealand
27 Jan 2007 (Sat)
Mission Estate Winery Concert, Hawkes Bay
Australia
29 Jan 2007 (Mon)
Entertainment Arena, Sydney
30 Jan 2007 (Tue)
Entertainment Arena, Sydney
1 Feb 2007 (Thur)
Entertainment Arena, Sydney
3 Feb 2007 (Sat)
Rod Laver Arena, Melbourne
4 Feb 2007 (Sun)
Rod Laver Arena, Melbourne
6 Feb 2007 (Tue)
Entertainment Centre, Brisbane
7 Feb 2007 (Wed)
Entertainment Centre, Brisbane
9 Feb 2007 (Fri)
Entertainment Centre, Adelaide

Agora Estados Unidos
11 Feb 2007 (Sun)
Members Equity Stadium, Perth
United States
28 Feb 2007 (Wed)
American Airlines Arena, Dallas, TX
2 March 2007 (Fri)
Toyota Center, Houston, TX
3 March 2007 (Sat)
SBC Center, San Antonio, TX
5 March 2007 (Mon)
Ford Center, Oklahoma City, OK
7 March 2007 (Wed)
Pepsi Center, Denver, CO
8 March 2007 (Thu)
Delta Center, Salt Lake City, UT
10 March 2007 (Sat)
MGM, Las Vegas, NV
11 March 2007 (Sun)
America West Arena, Phoenix, AZ
14 March 2007 (Wed)
Staples Center, Los Angeles, CA
15 March 2007 (Thu)
ipay One Center, San Diego, CA
17 March 2007 (Sat)
The Pond, Anaheim, CA
18 March 2007 (Sun)
HP Pavilion, San Jose, CA
20 March 2007 (Tue)
Arco Arena, Sacramento, CA
22 March 2007 (Thu)
Key Arena, Seattle, WA

E Canada
23 March 2007 (Fri)
General Motors Place, Vancouver, BC
25 March 2007 (Sun)
Rexall Place, Edmonton, AB
26 March 2007 (Mon)
Pengrowth Saddledome, Calgary, AB
28 March 2007 (Wed)
MTS Centre, Winnipeg, MB

United States
30 March 2007 (Fri)
Fargodome, Fargo, ND
31 March 2007 (Sat)
Qwest Center, Omaha, NE
2 April 2007 (Mon)
Kemper Arena, Kansas City, MI
3 April 2007 (Tue)
Mark of the Quad Cities, Moline, IL
5 April 2007 (Thu)
The Palace of Auburn Hills, Detroit, MI
6 April 2007 (Fri)
Schotenstein

Eu vi Deus. E depois?

Depois Clapton reinventou-se. Fazendo-se acompanhar de uma banda de gente nova, cujos antecedentes desconheço completamente brindou o público com a melhor secção rítmica que me foi dado ver: Steve Jordan [drums], William Weeks [baixo]. Secção negra como é bom de se ver, que só eles sabem como se rocka.

Depois a acompanhar um duo de jovens turcos da guitarra que ainda vão dar muito que falar: Doyle Bramhall II e Derek Trucks. Quando um Mestre é mestre não precisa de calara os aprendizes para brilhar. Solta-os às feras e ao génio que têm ou não têm. Neste caso têm a lot. Imaginativos brindaram-nos com alguns dos melhors rifs da noite.

Finalmente as teclas: Chris Stainton e Tim Carmon. A malhar para dar o toque.

Em momentos longuissimos de rifs e contra-rifs imaginei-me nesses concertos mágicos dos CREAM que apenas alguns filmes mauzinhos guardam para a posteridade. E nos momentos acusticos numa ruela estreita de New Orleans a ouvir uns velhinhos a cair da tripeta a tocar um blues suado, sujão, e a fazer chorar a guitarra.

É verdade esqueci-me das meninas, Michelle John e Sharon White nos backing vocals. Falta agora para se morderem a fotografia da malta.

I saw God and God was Clapton

Acho que li isso em tempos no New Musical Express. Falava de uma das figuras lendárias do Rock, ERIC CLAPTON, e referia-se ao estilo inconfundivel como tocava a(s) sua(s) guitarra(s) com esmero, mestria e iluminação.
De DEUS se diz que não há Outro sobre a Terra. De Clapton se pode dizer que não tem comparável no plano dos instrumentistas do rock. Todos se reformaram, mais ou menos. Apenas um tal DAVID GUIMOUR nos dá, de quando em quando, mostra do seu talento.
Se Deus existe e Deus é Clapton posso dizer que O vi ontem na ASIAWORLD ARENA, em concerto único.
O homem teve uma das melhores performances que me foi dado assistir. Gravado é claro nos DVDs em que está registado para a posteridade o seu enorme talento.
Como o homem não consta que toque em Portugal roam-se de inveja.
O que achei surpreendente? A ausência de dêjà vu, um espectáculo fresco, batido, bem esgalhado, com as guitarras a abrir, como mandam as regras....
Em segundo lugar, o regresso às raízes. O homem voltou às suas (e minhas) raízes o British Rock dos saudosos anos 60, a reinterpretação dos grandes bluesmen do Sul dos Estados Unidos, do Mississipi, esse rio imenso que bordeja os estados do sul e faz a ligação entre a América interior, árida, e o delta, os pântanos e as várias cambiantes de mestiçagem que fazem a América o melting pot, que normalemente se fala de cor.
Pois é blues, blues e mais blues até a alma doer.
E segue.../....

Merkel desafia a imaginação dos europeus


Lido na BBC World

A chanceler alemã Angela Merkel alertou nesta quarta-feira que a União Européia (UE) corre o risco de cometer um "fracasso histórico" se não reavivar planos para a aprovação de uma Constituição européia.
Ao apresentar os planos da Alemanha para a presidência rotativa da União Européia no Parlamento europeu, em Estrasburgo, ela disse que a criação de um novo documento para ser aprovado antes das eleições parlamentares européias em 2009 será prioridade de sua gestão.
Merkel disse que a UE era uma história de sucesso, por incorporar valores europeus como "liberdade, diversidade e tolerância".
A liderança da Alemanha vinha sendo bastante aguardada, e, segundo analistas, os parlamentares europeus esperam que ela possa dar um impulso à União Européia.
"Tendo sucesso juntos" é o slogan de Merkel para o mandato de seis meses à frente da UE.
Programa ambicioso
A Alemanha é um dos pesos-pesados da Europa e as expectativas são grandes.
Berlim apresentou um programa ambicioso, promovendo avanços nas áreas de segurança de energia e mudanças climáticas, nos acordos globais de livre comércios, uma nova parceria com a Rússia e maiores esforços para a paz no Oriente Médio.
Merkel, em contraste com a posição adotada pelo governo anterior da Alemanha, disse aos parlamentares europeus que uma cooperação mais estreita com os Estados Unidos "atende aos mais elevados interesses da Europa".
A chanceler alemã disse que a Europa precisa "acelerar o processo de paz" no Oriente Médio, precisa estar unida em sua posição sobre o programa nuclear do Irã, e precisa trabalhar para a estabilização do Afeganistão.
Ela também disse que "vale a pena e é inteligente investir na África, não apenas economicamente, mas politicamente", e prometeu preparar o terreno para uma reunião de cúpula UE-África.
Esta busca por maior coerência na política externa da UE, disse ela, exige que a UE tenha seu próprio ministro do Exterior.
A proposta para um ministro do Exterior é parte do esboço de Constituição da UE, rejeitada pelos eleitores da França e Holanda há 18 meses.
A Constituição também teria o objetivo de agilizar a resolução de questões trabalhistas e de tomada de decisões.
Merkel disse que a Constituição seria "o texto legal que será o fundamento em que a Europa construirá novas regras e regulamentos", e que a Europa precisa de "regras e regulamentos claros".

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Constituição é chave para sucesso da UE, diz Merkel





























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Valha-nos Deus. Será que a Europa só tem hoje um rebanho de políticos cinzentões, falhos e fracos? Mas ninguém percebeu - excepto Merkel - que a "Constituição" é a essência do caminho e da unidade europeia depois do Euro.
Como escrevi noutro lado cabe à presidência alemão dar o empurrão para o reatar do processo que todos os outros se encolhem, inclusive Durão Barroso. A questão não está em temer falhar está em temer arriscar.
Desenvolvimento, aqui.