sexta-feira, 4 de maio de 2007

Que fazer com a vitória?

As sondagens são claras: Jardim será eleito no próximo domingo com uma maioria esmagadora. É altura para perguntar o que irá ele fazer com essa vitória.
O líder madeirense, que me faz evocar constantemente Saddam Hussein, não mata os adversários políticos , mas subjuga-os graças a um poder exercido de forma execrável, que os críticos de Fidel se apressam a criticar, mas teimosamente esquecem quando se fala de Jardim e da “sua” Madeira.
Numa campanha eivada de ilegalidades, Alberto João não se cansou de dirigir insultos aos adversários, de atropelar os princípios mais básicos e elementares do jogo democrático e de se servir dos dinheiros públicos para se entronizar no Poder. Tudo isto perante a cumplicidade do PSD!
Espero, sinceramente, que a maioria de Jardim seja de tal forma esmagadora, que o leve a continuar as suas afrontas ao Poder Central e a exigir a independência da Madeira.
Estou certo que se houvesse um referendo sobre o assunto, a maioria dos portugueses votaria a favor da independência da Madeira. Estamos todos cansados de pagar do nosso bolso as tonterias de um “tiranete” que se comporta como um "fora da lei".
Infelizmente, Jardim é suficientemente inteligente para não cair no erro de pedir a independência. Ele é como aqueles jovens que estão habituados a receber dos pais generosas “semanadas” , que gastam em noites de bebedeiras irresponsáveis, mas são incapazes de fazer qualquer coisa para prescindirem do generoso subsídio paternal.
No meu tempo, este género de gente tinha um nome. Agora apelidam-se educadamente de “parasitas”.
Por isso é inadmissível que Cavaco Silva tenha reagido com o “lavar de mãos de Pilatos”. Resta esperar que as autoridades nacionais, cumpram a sau obrigação...

O Dia dos "tiranetes"

Se no próximo domingo se confirmar a eleição de Sarkozy como futuro Presidente da França, o dia 6 de Maio pode ficar conotado como o “Dia dos “tiranetes”. Nesse dia decorrerá na Madeira o “plebiscito” a Jardim, uma encenação medíocre de eleições pautadas pelo repúdio das mais elementares regras democráticas.
Duas eleições a ensombrar o "Dia da Mãe" que nesse dia se comemora por ( quase) toda a Europa.

Os independentes e o "Princípio de Peter"

Tal como aqui previra quando se começou a “ronronar” acerca da sua condição de arguido, Carmona Rodrigues “assobiou para o ar” quando Marques Mendes exigiu a sua demissão e procura manter-se, agarrado como uma lapa, ao cargo que o líder do PSD lhe ofereceu de bandeja.
Nos últimos tempos tenho-me lembrado, insistentemente, de uma frase de Jorge Coelho que muitos consideraram “assassina: “Estes independentes são um perigo. São muito imprevisíveis!”.
Independentemente do que venha a acontecer nos próximos dias ( ou talvez apenas horas), os últimos acontecimentos têm demonstrado a validade daquela frase.
Chegou a altura ( como ontem muito bem referiu Paulo Rangel no “Debate da Nação da RTP1) de os Partidos equacionarem o papel dos independentes e o seu protagonismo na vida político-partidária. Talvez o PSD, ao contrário do PS, tenha aprendido a lição. O protagonismo de personalidades independentes pode ser bem mais perigoso para a Democracia, do que pessoas que, embora discordando das posições do líder, estejam engajadas a um Partido.
O jogo político não se compagina com a procura de protagonismo que os independentes perseguem. Chegou a altura de os líderes partidários perceberem o que os independentes teimosamente ignoram: a validade do Princípio de Peter

quinta-feira, 3 de maio de 2007

O congresso do Partido Comunista Chinês

Escrevo aqui sobre o congresso de Outubro do Partido Comunista Chinês. A segunda parte segue numa próxima semana.

Ainda as leis antitabagistas

Fiquei escandalizado e furioso com o que ouvi na RDP via Rádio Macau quanto às grandes linhas do projecto de lei antitabagista. Subscrevo na íntegra as observações do meu amigo Carlos Oliveira que me parecem avisadas e oportunas, bizando as suas críticas ao desnorte do legislador. Não me parece que toque nisso mas ouvi [posso ter percebido mal] que a lei impõe ao comerciante a obrigação de denunciar às autoridades os fumadores que frequentem o seu estabelecimento. Não conheço nenhuma lei em nenhum país civilizado que incremente, apoie e instingue a denúncia avulsa e má conselheira. Não se percebe o sentido na norma e não estou a ver os comerciantes a quebrarem a relação de confiança que têm com os seus clientes.
Vivo há 13 anos [em acumulado] na Ásia e convivo bem, com as regras antitabagistas que são praticadas aqui com absoluta tranquilidade. Nada de tabaco nos transportes públicos, nas casas de espectáculos, zona para fumadores e para não fumadores bem distinguida em qualquer restaurante de média dimensão. Assim quando me oferecem a alternativa escolho conscientemente. E assumo os riscos da minha decisão. A minha liberdade termina onde começa a liberdade do outro. É um princípio basilar da convivência e normalidade democrática. Que devemos aos liberais, não aos socialistas, é bom recordar.
A lei que nos querem impor é bem a lógica da igualitarização pura e dura ao desanque do cacete. Porrada nos que ousam fumar! Já agora porque não perseguir as pessoas em casa a ver se fumam aí?

Ségolène não soube ganhar o debate...

Vi, em diferido, o debate entre Sarkozy e Ségolène Royal e fiquei com a ideia de que Ségolène perdeu uma excelente oportunidade para vencer a segunda volta das presidenciais francesas. Recorrendo à imagem futebolística, diria que falhou “de baliza aberta” e isso irá custar-lhe o lugar no Eliseu.
O debate foi equilibrado, é verdade, mas em determinados momentos Ségolène parecia ir adquirir vantagem, graças aos deslizes de Sarkozy. Aconteceu quando foram discutidas as políticas sociais, o futuro da Europa ou o desemprego, por exemplo, mas Ségolène nunca conseguiu desferir o “golpe” final que lhe permitiria derrotar o adversário.
Como já aqui referi na primeira volta, Ségolène é vaga, evasiva e pouco consistente na defesa das suas propostas e foram essas deficiências que a impediram de ganhar um debate que esteve perfeitamente ao seu alcance.
Ao contrário, Sarkozy conseguiu sair praticamente incólume de posições desfavoráveis, graças a um discurso sereno e à forma hábil como explorou as fragilidades do discurso de Ségolène. Em determinados momentos chegou mesmo a ser “cínico” na forma como obrigou a candidata socialista a expôr-se!
Conclusão: a 6 de Maio, Sarkozy irá celebrar a vitória, mas a os franceses e a União Europeia terão um “caso bicudo” para resolver. E ninguém duvide que em Portugal vamos sentir os “estilhaços”...
Aguardemos, entretanto, as cenas dos próximos capítulos, que serão as eleições legislativas.

O elogio da estupidez

Já fui fumador inveterado, seduzido por uma publicidade que me convencia que ser fumador era sinónimo de “sucesso”.
Hoje sou um fumador ocasional que tem respeito por quem encontra no tabaco uma forma de escape para as tensões do dia a dia.
Respeito igualmente, como sempre o fiz, os não fumadores que não querem ser obrigados a engolir o fumo dos outros.
Não compreendo, porém a fúria anti-tabágica que de forma hipócrita vai atacando o “modus vivendi” de muitos ocidentais. Sempre fui contra os fundamentalismos, por isso não posso estar de acordo com a Lei anti-tabágica hoje apresentada no Parlamento.
A Lei anti-tabágica é persecutória, fundamentalista, pidesca e um hino à estupidez. Não tanto pelo conteúdo, mas sobretudo pela forma. Demonstra, à saciedade, que quem produz leis neste país que cada vez mais se parece com o “Cabaret da Coxa”,está a milhas de distância do País real. Se o legislador tivesse um pouco de bom senso, bastar-lhe-ia ter “copiado” o modelo espanhol em vez de esboroar os seus esforços na cópia da legislação americana ou irlandesa.
Quando uma lei anti-tabágica padece de cegueira social, ao fixar normas rígidas para estabelecimentos comerciais como restaurantes , bares e discotecas, sem permitir aos seus proprietários ter uma palavra sobre o assunto; prevê multas para os fumadores que chegam a atingir o quádruplo das multas aplicadas a um consumidor de drogas; ignora a informação e prevenção; apela à delacção ( falta atribuir uma comissãozita ao delator, para ser perfeito) só me apetece perguntar: Quem me indemniza pelo facto de o Estado ter permitido a publicidade desregrada ao tabaco - chegando mesmo a incentivá-la e dela ter beneficiado- contribuindo assim para que eu me tornasse um fumador?
A aprovação de uma lei fundamentalista não pode deixar de ser baseada na hipocrisia. Tão preocupado com o consumo do tabaco(cuja venda só será permitida a partir dos 18 anos), o Estado continua a permitir a venda de bebidas alcoólicas a crianças com 16 anos, a fingir que não sabe que existem dezenas de discotecas neste País onde crianças entre os 10 e os 14 anos consomem álcool, Ecstasy e drogas leves. Porque não age o Estado sobre os infractores e os seus promotores ( proprietários dos espaços) é que ninguém percebe!
Sou a favor de uma lei anti-tabágica, mas não tolero a insensatez de legisladores encartados que pugnam arduamente por ficar na História, sem cuidar de saber ( ou pelo menos perceber) que a estupidez é adversária do progresso e a cegueira social inimiga do bom senso.

Royal versus Sarkozy

Segundo a leitura do EUobserver Royal e Sarkozy terão empatado no debate da noite passada que dará indicações quanto ao voto dos franceses na segunda volta das eleições de domingo. Espero hoje quando regressar das aulas ver a TV5 e assistir ao debate com atenção. O comentários em video no site do jornal Le Monde são pouco explícitos. Ségolène Royal terá seguido uma estratégia de encarpelamento do adversário que lhe terá saído pela culatra. Nicolas Sarkozy é um político muito frio, com um discurso bem estruturado que dificilmente perde a calma em público, mesmo que acicatado [como Royal o tentou fazer]. Fá-lo em privado mas aí não conta. Segunda as sondagens, Sarkozy mantém-se à frente. A última sondagem da BVA dá-lhe 52% contra 48% para Royal. O facto de Le Pen ter incitado os seus seguidores a se absterem poderá, a meu ver, jogar a favor de Sarkozy. Afinal o papão fascista não funcionará, para a troupe da esquerda.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Brasil, um tiro pela culatra?

Dizem as agências:
O Brasil está fazendo um esforço diplomático juntamente com Índia, China e México para pressionar os países industrializados a reconhecer que historicamente eles poluíram mais do que as nações emergentes.
A articulação está em andamento nesta quarta-feira durante o terceiro dia da conferência que vai definir a versão final da terceira parte do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Brasil mete-se na luta inglória de procurar esconder o brilho do sol com uma peneira. E escolhe mal as companhias para este ajuste de contas com as economias desenvolvidas, diga-se os Estados Unidos e a União Europeia. No seu marxismo requentado os arquitectos da política externa do Brasil demonizam tudo o que soe remotamente aos interesses dos grandes, como se o Brasil não fosse um candidato a esse estatuto. Neste caso escolhe muito mal as companhias para se meter numa guerra perversa. Vejamos o caso da China. A grande nação asiática tem no seu espantoso ascenso económico, pulverizado a sua costa leste e do sul de indústrias poluentes que tornam os seus rios multicolores e os seus céus esbranquiçados. Constrói, com enormes resistências, as suas primeiras políticas anti-poluição mas toda a gente duvida que as consiga levar à prática dada a resistência dos líderes regionais a cortar o crescimento económico. A China tem 20 das 30 cidades mais poluídas do mundo segundo um relatório recente do Banco Mundial. Mais de 410 000 mortes têm origem na poluição, e as doenças infecto-contagiosas e do coração contam-se entre as doenças mais graves da China. A China deverá ultrapassar os Estados Unidos como a nação do mundo que mais produz gases de estufa [greenhouse gases] em 2009. Exactamente daqui a dois anos. Apenas.
O relatório da ONU sobre a situação climática no mundo saído no principio de Abril considera catastrófica a situação relativa ao aquecimento global e admoestou os paises poluidores a tomarem medidas mais efectivas para reduzir a ameaça. No jogo dos cinismos que a política externa é fértil, a China já declarou, pelo seu porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros que nada faz ....se os Estados Unidos nada fizerem, isto é, enquanto não criarem incentivos anti-poluentes sobre as indústrias poluentes. Maiores incentivos significa menos postos de trabalho, logo mais pressão sobre os policy makers.
Não há neste jogo boas intenções, nem bons samaritanos. A China quer apenas bloquear a indústria automovel americana para se alcondorar ela própria a grande gigante da produção automovel. Como? Através das fábricas de multinacionais que alberga no seu território. Para vários observadores, a China está duas décadas atrás dos Estados Unidos e três décadas da Europa em termos de standards ambientais. A bem da memória, a China assinou o Acordo de Quioto e os Estados Unidos não. Sua culpa, no caso dos Estados Unidos. Mas apesar da sua assinatura à China não é exigido a redução das suas emissões de dióxido de carbono, embora seja o maior produtor de carvão do mundo [e um dos primeiros consumidores]. É um país em vias de desenvolvimento. Por isso consente-se-lhe tudo, o que se caustica os grandes. Pena que o Brasil não saiba escolher melhor os exemplos que toma para a suas derivas marxistas.

Um Banco com receitas para o Sul

Já alguém escreveu que a Economia “ é a ciência que se caracteriza por antecipar previsões feitas por especialistas que são sempre contrariadas por outros especialistas”.
O FMI segue à risca esta máxima (lembre-se que Portugal também tem sido alvo de sucessivos cenários dantescos traçados pelo FMI cuja vertente comum tem sido o erro sistemático, seguido de correcções que apenas confirmam as anteriormente avançadas pelos Governos e por outras instâncias internacionais), com desprezo total pelos problemas que não sejam de raiz económica e com a agravante de se comportar como uma espécie de agiota encartado.
Os latino-americanos, que durante décadas estiveram sob o jugo das medidas ultra-liberais do FMI, estão cansados das suas receitas draconianas e dos seus erros constantes de análise, da sua insensibilidade face à pobreza e do endeusamento da Economia na sua forma de actuação.
Com as contas saldadas e de cabeça erguida, Argentina, ( outro caso exemplar de sucesso que contrariou os presságios agoirentos do FMI) Bolívia, Venezuela e Equador decidiram dar um pontapé no traseiro dos magnatas do FMI e criar o Banco do Sul , que pretende promover os seus próprios fundos regionais e adoptar regras menos penosas , tornando-se uma alternativa mais justa para os países daquela região do globo.
O Brasil ainda não confirmou a sua adesão, mas a decisão que Lula vier a tomar sobre o assunto, será de extrema importância para o êxito da iniciativa.
Em minha opinião, sem o Brasil o Banco do Sul corre o risco de ser um fracasso e um revés para os mentores da iniciativa. Mas a inversa também é verdadeira. Poderá o país com maior desenvolvimento da América do Sul ignorar a iniciativa dos seus vizinhos?
Um Banco centrado na realidade latino-americana é crucial para o desenvolvimento dos países da Região e para o incremento do Mercosur, realidade económica e mercantil em que o Brasil é uma das potências mais interessadas. O problema, porém, é que os acordos comerciais recentemente celebrados pelo Brasil com os EUA podem obrigar Lula a rejeitar o convite dos seus vizinhos. Penso que se o fizer, Lula cometerá um erro de consequências imprevisíveis para o seu futuro e colocará o Brasil numa posição de fragilidade no diálogo ibero-americano, que não deixará de ter reflexos na sua economia. Irá correr esse risco?

O País dos Queixinhas

O meu bom amigo Baptista Bastos escreve no DN de hoje um artigo notável sobre a "Socratolândia"http://dn.sapo.pt/2007/05/02/opiniao/socialismo_delacao.html
É um grito de revolta contra o espírito pidesco que lentamente se vai (re)entranhando na sociedade portuguesa

Anotação pessoal: Quando um Governo promove os delatores a pessoas dignas, incentivando os funcionários públicos a denunciar os seus colegas ( mas não os dirigentes...) corruptos, os comerciantes ou os não fumadores a denunciar às autoridades os fumadores, está a dar mais um passo no caminho de retrocesso em relação à civilidade dos portugueses. Há coisas neste país que me começam a meter nojo!...

O "wishful thinking" de Teresa de Sousa

"O pior que podia acontecer à Europa e à Turquia seria que os responsáveis europeus utilizassem esta crise, não para emendar alguns dos seus clamorosos erros dos últimos anos, mas para encontrarem o argumento que lhes faltava para justificar a rejeição da Turquia".

Teresa de Sousa, PÚBLICO, 02-05-2007

A declaração da jornalista Teresa de Sousa é bem a expressão de um certo intelectualismo de jornalite que transforma as permissas de uma dada tese em verdade absoluta "por obra do Espírito Santo". Em nenhum lugar [e tempo] ficou provado que a adesão da Turquia é o conditio sine qua non da unidade europeia. Os americanos insistem nisso justapondo a NATO ao perímetro da União Europeia, mas é, apenas, a opinião deles. Não parece que devam ser os americanos a decidir o que deva [ou não] ser o espaço político [normal] da Europa. Quanto ao mais os europeus estão divididos quanto a querer este "cavalo de tróia" cá dentro. Onde fica a fronteira leste da Europa enquanto ideia, identidade, espaço sociológico? Alguém responde?

Os incidentes do 1 de Maio, em Macau, no lápis irónico do South China Morning Post


terça-feira, 1 de maio de 2007

Turquia

Abdullah Gül, único candidato presidencial às eleições na Turquia abespinhava-se esta semana com a anulação pelo Tribunal Constitucional da primeira volta das eleições que lhe deram a vitória. Segundo as regras constitucionais é o Parlamento a eleger o Presidente da República e a indigitação de Adullah Gul foi possível pela maioria que as forças fundamentalistas detêm no parlamento turco.
A decisão do Tribunal Constitucional turco deferiu a reclamação apresentada pelo Partido Republicano Popular [oposição] de que a votação de Abdullah Gul no parlamento turco se encontrava viciada por falta de quórum, já que os partidos da oposição sairam da sala aquando da votação.
A Turquia encontra-se dividida entre a tradição da laicidade e do republicanismo e o apelo dos islamitas que pretendem através de um populismo expansivo impulsionar transformações políticas na direcção da criação de um estado islâmico, com uma religião oficial, tribunais religiosos, a islamização das mulheres e o apartamento da cultura de tolerância europeia.
Esta viragem para o Islão da Turquia dá razão ao cepticismo de vários intelectuais e políticos europeus quanto às vantagens da adesão da Turquia à União Europeia. A Europa tem demasiados problemas com os seus 20 milhões de muçulmanos para comprar de barato mais este problema.
Fica uma pergunta final -há países que não se encontram preparados para a democracia e em que é preferível um estado liberal paternalista a uma democracia fundada no populismo das massas e na manipulação dos demagogos? Não será esse o sinal dado pelo impasse na Palestina?

Alvaro Vargas Llosa

O regresso do idiota - Alvaro Vargas Llosa na Foreign Policy. Um libelo desempoeirado sobre o novo caciquismo político na América Latina. O continente dos Peron, Getúlio Vargas, Alan Garcia, Fidel de Castro, Daniel Ortega, Evo Morales e essa figura lendária da clarividência e argúcia política que se chama Hugo Chávez.

domingo, 29 de abril de 2007

O país III - Um homem "disponível"

O "bom filho" à casa almeja tornar. Porque não lhe fazem a vontade? Sem Zezinha e sem Santana Lopes ao menos alegrava-nos o quotidiano. Bem precisamos.

O país II - Público

Felgueiras: mulher atacada por cão em estado grave mas livre de perigo
A mulher que esta manhã ficou gravemente ferida depois de ser sido atacada por um cão de raça doberman na quinta onde trabalhava, em Felgueiras, mantém-se internada em estado grave, mas livre de perigo.

Que país é este?