sexta-feira, 27 de julho de 2007

Eu também errei...


Matilde Ramalho teve a amabilidade de me mandar um e-mail acerca do post "O PCP não tem emenda" que aqui reproduzo:
O seu post de quinta-feira, dia 19, sobre a suposta ausência de dirigentes do PCP no doutoramento de Carvalho da Silva, é feito com base numa informação errada (e posteriormente corrigida) do Diário de Notícias.
O jornal já pediu desculpa ao PCP e aos seus leitores. Estiveram presentes, referiu o DN na sua edição de Domingo, 15 de Julho, "Domingos Abrantes e Francisco Lopes entre outros dirigentes comunistas".

...
Agradeço à Matilde o alerta e aproveito não só para corrigir o erro, como para me congratular pelo facto de o PCP afinal se ter feito representar. Há determinadas notícias que ansiamos que estejam erradas. E esta felizmente estava...

Conversas da silly season

- Francisco, o tempo está mau, nem dá para ir à praia, podíamos aproveitar para ir amanhã até Sevilha...
- É muito longe, querida!
( o filho, atento à conversa)
- Pai, o que é que fica mais perto de Monte Gordo: Sevilha ou a Lua?
- Olha lá, tu daqui estás a ver Sevilha?
- Não!
- Mas estás a ver a Lua...
- Estou...
- Então vê-se logo que a Lua fica mais perto do que Sevilha!

10 razões para gostar das mulheres portuguesas (7 e 8)








Dois sorrisos irresistíveis para o fim de semana...mas o melhor sorriso só aparecerá na segunda feira!



quinta-feira, 26 de julho de 2007

Concertos e música

Congratulo o Carlos Oliveira pelas excelentes referências à Aimee Mann, cantora-autora de enorme pujança e com obra feita na música popular anglo-americana. Tenho dois ou três discos dela. Recomendo vivamente os albuns I'm with stupid de 1995 e Whatever de 1993.
Lisboa está, alerto os mais desatentos, no circuito dos melhores intérpretes contemporâneos quer na chamada música séria, quer no pop, no rock e na onda alternativa [indy ou independente, como também é designada]. Partilho com os jovens [cá de casa] o que vai saindo e uma das rotinas que tenho é fazer cópias do que apanho com piada para a malta.
Ainda na FNAC na semana passada dei uma vista de olhos pelo quadro à esquerda da entrada e não hesito a chamar a atenção dos meus companheiros do blog e os internautas em geral para 3 excelentes concertos que estão em alinhamento para os próximos meses.
Em Setembro - a 17 e 18, respectivamente em Lisboa e Porto - Massive Attack, só a banda mais imaginativa dos anos 90, com uma discografia vastissima. Som de mistura cheio, profundo, rico em cambiantes e dançante. Concerto a não perder por razão alguma. Recomendo [para os que não conhecem] em pré-audição a compilação Collected de 2006.
Em Outubro - a 28 de Outubro, no Coliseu dos Recreios, a rainha do punk-rock, Patti Smith, uma das figuras mais emblemáticas da música moderna. Um talento indescritível, profundo. Quem espera barulho ensurdecedor e guitarras em distorção, esqueça. Uma voz rouca, mas uma capacidade melódica fabulosa. Comprei o seu album de originais [2007] em Hong Kong, Twelve, de que gostei muito. Proibido faltar.
Em Novembro - a 26 de Novembro, na Aula Magna em Lisboa - Josh Rouse. Conheci Rouse pela Radar FM e apressei-me a comprar o último disco logo que o vi na HMV. É um cantor da nova onda do folk, acústico, com temas muitos bonitos. A voz é muito bem colocada e a escrita musical muito inteligente. Para quem gosta da onda Joan Baez, Janis Ian ou James Taylor creio que se identificará imediatamente com ele. O ambiente da Aula Magna [a música dele é muito intimista] é apropriado, embora a sala persista em dificuldades acústicas. Antecipo um bom espectáculo.
Com algum interesse mas não ao nível dos anteriores, Interpol, uma banda Indy dos Estados Unidos que tem cativado enorme interesse da crítica. O último album de originais chama-se "Our love to admire". Tocam no Coliseu de Lisboa a 7 de Novembro. Para tomar o gosto oiça-se, aqui.

Medo de voar

Lula da Silva na sua proverbial naivitê afirmou esta semana que tem um medo medonho de voar e que sempre que anda de avião encomenda o seu destino ao Criador [as palavras são dele]. Mais um tiro na fiabilidade da aviação civil brasileira depois do desastre do Airbus 320 no aeroporto de Congonhas em S. Paulo, a 17 de Julho. Provavelmente o público achará graça mas a realidade é que o Brasil não sabe como lidar com este problema que atinge a sua credibilidade como nação. Nem com a demissão do ministro da defesa o problema fica resolvido.

10 razões para gostar das mulheres portuguesas (6)


Por uma questão de justiça, agora deixo uma imagem relaxante para quem se prepara para adormecer na Europa e ajudar a despertar quem vive a Oriente

Ainda a entrevista de Sócrates

Agora a sério...
Sócrates tem razão em indignar-se contra o silêncio do PSD e do CDS face à recusa de Alberto João Jardim em aplicar a Lei da IVG na Madeira. É por causa deste cinismo político, que o actual PSD não tem credibilidade como partido da oposição.E já agora... também não se compreende que o Presidente da República que se insurgiu – e bem – contra o caso Charrua se tenha remetido ao silêncio sobre este assunto. Jardim não pode ser uma espécie de “gangster” legitimado pelo voto popular que age contra as leis da República . Assobiar para o ar como se nada se passasse é de grande irresponsabilidade política. Mas o que eu gostaria mesmo de saber é por que razão todos têm medo do líder madeirense!

Notícia imaginária( ou talvez não...)

Pelo caminho que as coisas estão a tomar as notícias do futuro podem muito bem ser como esta:
Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro, Engenheiro José Sócrates, concedeu ontem uma entrevista ao canal privado de televisão SIC. Demonstrando um grande à vontade, Sua Excelência respondeu às perguntas dos dois jornalistas com proverbial desenvoltura, aproveitando para esclarecer os portugueses acerca de assuntos que os jornalistas não lhe colocaram.
Apercebendo-se da impreparação dos jornalistas Ricardo Costa e Gomes Ferreira para colocar questões acerca dos problemas que realmente preocupam os portugueses, Sua Excelência ( numa notável atitude de humildade ) aproveitou a entrevista para dar uma lição acerca dos intrincados meandros da governabilidade - que tão bem tem desempenhado ao longo destes dois anos. Foi uma hora de televisão do mais fino recorte ( como há muito não se via em Portugal) onde ficou bem patente a preparação do senhor Primeiro Ministro para o superior cargo que exerce e que a todos os portugueses enche de orgulho.Questionado acintosamente pelos jornalistas, se não se sentia incomodado com as vaias que vai recebendo por onde passa ( seja no Estádio da Luz, ou na ponte da Lezíria), Sua Excelência não se remeteu aos discursos de vitimização a que estávamos habituados, nem desvalorizou a questão. Sua Excelência limitou-se a desvalorizar o assunto e a responder que convive bem com as vaias e que até se sente estimulado, demonstrando assim, ser um lídimo intérprete da Democracia revigorante que se vive no Portugal de hoje. Que prossigam então as vaias que, a partir de agora, deveremos passar a interpretar como manifestações de estímulo e apoio a Sua Excelência o Senhor Primeiro Ministro de Portugal”.

Uma noite no Coliseu ( para recordar..)

Ontem reconciliei-me com os concertos e até já estou arrependido de ter desdenhado os convites insistentes para ir ao de Nora Jones no último domingo no Casino do Estoril – que me dizem ter sido fabuloso.
Confesso que não conhecia Aimee Mann e só liguei ao seu nome quando pessoa amiga me disse que era a voz da banda sonora do filme “Magnolia”. Foi suficiente para me convencerem a ir vê-la/ouvi-la ontem à noite ao Coliseu. Foi um concerto inesquecível cujas vibrações ainda hoje “ressaco”. Há ali qualquer coisa de Joan Baez mas há, acima de tudo, uma transmissão de emoções que provocam “pele de galinha”. Às vezes ainda vale a pena gastar dinheiro em concertos. Quando se sente autenticidade e emoção e não apenas o cumprimento de um dever profissional, por parte de quem está em palco. Acho que vou repensar a minha posição...

É hoje! É hoje! É hoje!

...que estreia o filme dos "Simpsons". Fidelíssimo da série há mais de 10 anos, é claro que não vou perder o filme. No entanto, temo o pior, pois estando habituado a ouvir as vozes de Homer, Marge, Lisa , Bart e Cª no original em inglês, tenho fundados receios de que a dobragem "mate" o filme. Além disso, outras experiências de transposição de séries animadas para o cinema têm-se revelado catastróficas. A ver vamos...

10 razões para gostar das mulheres portuguesas (5)

Para um bom adormecer a Oriente e um bom despertar europeu, aqui vai mais esta beleza. Já só faltam cinco!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

11 razões para gostar das senhoras portuguesas


Bela de dia e de noite?
Sofisticada,...um toque de ingenuidade...

Conferência internacional Mifid - Bloomberg e Novabase

Eventos

2007-06-19
MiFID II - Time for action
A Novabase e a Bloomberg organizaram o evento MiFID II – Time for action que teve lugar no passado dia 29 de Junho, no Hotel Altis em Lisboa, pelas 8h45m.

Na sequência da grande adesão à Conferência de Março passado, e respondendo às diversas solicitações para a realização de uma nova edição, mais direccionada para os problemas práticos que as organizações enfrentam, foi reunido um painel de peritos nacionais e internacionais que vão ajudar a resolver as dificuldades de implementação de uma estratégia vencedora.

Foram igualmente abordados os desafios futuros que se colocarão às empresas, após Novembro de 2007 num mercado revolucionado pelos efeitos da DMIF. O evento contou com um abrangente leque de oradores, incluindo a CMVM, especialistas e stakeholders da indústria.

AGENDA

8:45 RECEPÇÃO E CAFÉ
9:15 Welcome Address
Rogério Carapuça, CEO, NOVABASE
9:30 A transposição da DMIF para Portugal
Paulo Câmara, Regulatory Policy and International Affairs Department, CMVM
10:00 DMIF na óptica de um banco de retalho multi doméstico
Paulo Marcos, University Professor, Compliance Department, BES
10:30 INTERVALO PARA CAFÉ
11:00 DMIF: Detalhando o nível 3
Paulo Xardoné, MiFID Group Coordinator, NOVABASE
11:30 The Road to Best Execution
Juan Carlos Nieto, Global Head of Business Development, RABO SECURITIES
12:00
Developing An Effective Best Execution Strategy Focused On Individual Clients: Different Trades, Different Clients, Different Markets
Moderator: Paulo Xardoné, MiFID Group Coordinator, NOVABASE
Juan Carlos Nieto, Global Head of Business Development, RABO SECURITIES
Paulo Marcos, University Professor, Compliance Department, BES
Paulo Câmara, Regulatory Policy and International Affairs Department, CMVM
13:00 ENCERRAMENTO DO EVENTO

Rapidinhas 21 - Interlúdio

Marques Mendes marcou as eleições no PSD para 28 de Setembro. Data que ficará na História, porque foi o dia da "maioria silenciosa". Terá sido ( apenas) coincidência?

Procura-se!

Procura-se anticiclone responsável pela porcaria de Verão que estamos a ter este ano.
Deveria estar colocado entre a costa portuguesa e os Açores mas, de acordo com as últimas informações recebidas, estará algures entre os Açores e a costa leste dos EUA.
Dão-se alvíssaras a quem o encontrar e trouxer de volta a casa, devolvendo a alegria aos portugueses que, se não tiverem pelo menos um mês por ano para sorrir, correm o risco de vir a sofrer de depressão crónica. A bem de Portugal

10 Razões para gostar das mulheres portuguesas(4)

Aquele mordiscar de lábios da Fernanda tinha-me escapado, mas é deveras sedutor. Como é o Piazza di Mare, sim senhor, e os Meninos do Rio, embora só la tenha voltado uma vez desde a morte do meu amigo Matos Cristóvão.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Voltando à política

Luís Filipe Menezes avança para as directas de 28 de Setembro à presidência do PSD. Uma candidatura esperada de um candidato que perdeu "mal" no último embate com Marques Mendes. Não tenho grandes expectativas sobre a sua figura como político. Menos palaciano que Marques Mendes, Filipe Menezes é um homem com obra feita no Porto. Não propriamente na cidade mas em Gaia do outro lado do rio. Estive no Porto num jantar com dois casais amigos e a opinião unânime foi que o homem tem obra feita e mudou a cidade para melhor.
Tem talvez a vantagem de partida de não ser do inner circle de Cavaco. Nunca teve responsabilidades governativas, nem se "molhou" com os compromissos da corte. Tem, contudo, um discurso básico, simplista, nada sofisticado. Vê-se muitas generalizações e aquele toque "tripeiro" que é muito mau conselheiro. Parece que voltámos à política de Rio Maior. Mas inquestionavelmente o PSD precisa de uma lavagem de cara. Marques Mendes não cumpre o seu papel como lider da oposição. E é preciso que alguém o faça para barrar o "passeio triunfal" de Sócrates em direcção à reeleição.
Na minha qualidade de militante de base do PSD entro em período de reflexão. Espero para ver antes de me decidir em quem votar. Não sei se o conseguirei daqui, via correspondência, mas não prescindo - se puder - fazê-lo. Acredito numa democracia de partidos e de projectos políticos alternativos. Não acredito em homens providenciais. Tivemos Eanes. Cavaco Silva tem resistido - e bem - em sê-lo. Que fique por aí. Tivemos a nossa parte de populismo e anti-partidos. Com péssimos resultados.

E este mordiscar de lábios?


Em homenagem a todos os amigos, expatriados ou não, apenas um leve mordiscar de lábios...

Cá por mim continuo a preferir o Piazza di Mare ou os Meninos do Rio (ali para os lados do Cais do Sodré). Não desdenho o Café In ou mesmo o fabuloso Blues. Ainda colocaria na nossa/vossa lista o BBC, o melhor "local para paquerar" em Lisboa, de acordo com a Veja do Brasil.

10 Razões para gostar das mulheres portuguesas (3)

Agora estás tramado. Por mim, vais levar mesmo com as 10 prometidas. Hoje, como tenho pouco tempo para blogar, ficas com a Isabel Figueira...
Ela não vai ao Café IN , prefere como eu o "velhinho" Blues Cafe onde a vista se espraia até ao infinito em mares de beleza. Ai Arnaldo, que pena teres perdido o "paladar" europeu! E a avaliar pela foto colocada pelo nosso companheiro de blog, não sou o único preocupado com a tua situação...

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Música

Uma das coisas que me resfalfo quando vou a Portugal é zipar pelos canais de rádio portugueses a apanhar os últimos sons da onda. Confesso que os meus gostos são muito elásticos e se há herança que deixei aos filhos [o João e a Ana] é um apurado espírito melómeno e uma cultura musical diversificada. Costumo lembrar nos repastos de familia que na primeira casa que tivemos [pequenota dado o orçamento familiar] punha o puto ainda bébé deitado no sofá a ouvir bem alto a banda sonora do Woodstock ou os albuns de Jimi Hendrix, Doors, Led Zeeppelin e por aí fora.
Pelos vistos serviu para alguma coisa e o puto anima hoje as ondas da Rádio Macau com a melhor música que passa na estação. Uma ilha num oceano de trôpegos.
Elegi há dois anos a Radar FM como a minha rádio [portuguesa] de referência. Corre no 97.8. Tem uma das vozes de ouro da rádio portuguesa: o Pedro Ramos, responsável dos programas Filofax- Camaleão De Imitação e Serviço De Urgência. Constatação que não é ligeira para quem como eu foi formado na "escola" musical do programa Em Órbita nos saudosos anos 60 e 70. A Rádio não é só o que se põe a girar no prato mas a qualidade do discurso. Algumas referências positivas do que ouvi:

  • Interpol - album Our Love to Admire
  • Lithning Dust - album [creio de estreia] Lightning Dust
  • Bat for Lashes - album de estreia Fur & Gold
  • Scott Matthew - tema Upside Down [desconheço nome do album]
  • Lavender Diamond - album Imagine our Love
  • Lisa Germano - album Llulaby for Liquid Pig [já cá canta]
  • Maria Taylor - album Lynn Teeter Flower
  • Flaming Lips - album At War with the Mystics

Boas audições.

Saboroso

OK não batam mais. Concedo e devolvo a beleza às portuguesas. São poucas as belas mas valem por todas. Na curta estadia que deu para ver alguns amigos [o Paulo fica p/ Novembro não deu agora] desfrutei algumas "vistas"maravilhosas, ali para o lado de Belém, numa coisa chamada "Café In". Algo um bocado para o pretensioso mas deu para espraiar a vista. O frio era muito mas as noites de Lisboa já não são o que eram.

Mulheres portuguesas bonitas - Helena Coelho, a rapariga da fruta

Festival Delta Tejo - 3 noites de música de qualidade

Estive nas três noites do Festival Delta Tejo, cortesia de um dos patrocinadores.
Apesar do frio, muitos pontos fortes a salientar:

- facilidade de estacionamento;
- boa música, bons intérpretes;
- excelente localização e vista sobre o rio Tejo, a Margem Sul, a colina das Necessidades. Fabulosa!

Valeu a pena! Que para o ano possa ir também!

10 razões para gostar das mulheres portuguesas (2)


Bem, na verdade aquelas não eram todas portuguesas, por isso, aqui vai um exemplar bem português que não vive em cativeiro...
Para ver se te (re)adaptas ao conceito de beleza à portuguesa...




10 razões para gostar das mulheres portuguesas (1)

E para começar até fui roubar esta imagem com uma mão cheia delas a um blog amigo. É uma homenagem a ti e ao teu Sporting. Mas como sei que não estás convencido, prometo mais para amanhã...

A beleza em Portugal



Embora considere que o retrato que o nosso amigo Arnaldo Gonçalves faz de Portugal está pintado em tons demasiado negros, concordo basicamente com as críticas que faz. Espero, porém, que tenha ficado fascinado com a minha cidade do Porto que está cada vez mais linda, embora muito porca, porque o Dr. Rui Rio preferiu fazer outras apostas.

Apenas um reparo: como quando almoçámos ainda estavas cá há pouco tempo, não me apercebi da tua frustração em relação às portuguesas, caso contrárioi, teria tido oportunidade de te mostrar alguns belíssimos exemplares que se paseiam na zona da Ribeira e no cais de Gaia.

Tiveste azar, meu amigo, e certamente só encontráste exemplares como estes:




Mas fica desde já prometido que vou postar algumas fotos que te vão convencer que estás errado, ok? Assim uma espécie de 10 razões para gostar das mulheres portuguesas...


Férias e Espanha

Andei por Espanha uma semana de férias e gostei. Um país arejado, limpo, boas vias rápidas, um serviço de apoio ao turista personalizado e eficiente. A Galiza e as Astúrias encheram-me as medidas. Pelas paisagens, pelo património arquitectónico [com boa manutenção], pela comida e pelas unidades hoteleiras, pelo asseio que vi. Estas últimas marquei-as à medida que avançava no percurso previamente estabelecido. Pelo telefone [móvel] mas por cartão espanhol. O da TMN mostrou-se inoperacional passada a fronteira. Razões de segurança disseram-me. Treta. As empresas portuguesas continuam a dormir e a tratar os clientes como os dos supermercados.
Um país extraordinário [e percebo o esbasbacamento do Saramago] mas com sindicatos q.b. Trabalha-se ali ao domingo e serve-se os turistas enquanto os há. Aqui funciona-se e enfia-se o turista no colete das conveniências caseiras. Desde que não atrapalhe. Basta ver a vergonha da Baixa e compará-la como eu o fiz com a zona histórica de Lugo, Oviedo ou Santiago de Compostela. Automóveis na zona histórica? Não passam, não senhor. Ficam nos parques [e há-os por todo o lado]. Zonas históricas acessíveis apenas a peões. Não me apercebi que isso fosse desfavorável ao comércio [bem pelo contrário]. Aqui quer-se o carro do vereneante dentro da loja. Não é já um problema de falta de informação mas já de caturrice e estupidez. Ou de falta de visão.
Dr. António Costa abra os olhos e siga os exemplos aqui ao lado.

domingo, 22 de julho de 2007

A propósito de livros e editoras

Uma das coisas surpreendentes do país é a variedade e qualidade do que se publica. Os editores tradicionais estão de certa forma liquidados. Ainda bem pelos leitores. Outras editoras hoje procuram segmentos de mercado que estavam arredios da escolha tradicional e que sempre ouvi dizer que não eram lucrativos. Por exemplo, a editora de Zita Seabra [Aletheia] oferece um conjunto de títulos particularmente interessantes no domínio das ciências sociais. Mas ponto essencial é a qualidade das traduções.
As últimas que li foram francamente medíocres. Francis Fukuyama na Gradiva, num livro que considero uma excelente síntese da análise neoconservadora - Depois dos Neoconservadores - das relações internacionais é claramente prejudicado por uma tradução inqualificável. Também O Fim da Fé de Samuel Harris para a Bertrand. Um livro estrutural para se perceber as origens do islamismo como ideologia totalitária e grande ameaça para a modernidade e o laicismo.
Para qualquer dos dois não hesito em recomendar aos leitores a leitura da respectiva versão original. Bola negra para as editoras Gradiva e a Bertrand. Tenham vergonha.

No regresso I

...ajusto-me ainda à escala do tempo depois de duas revigorizantes semanas em Portugal e Espanha. É bom saborear o regresso à Pátria depois de largos meses fora.

O primeiro contacto com o país é feio. A chegada ao aeroporto da Portela uma prova de ânimo [ou falta dele]. A baralhada das chegadas, a sujidade, a falta de comodidade, a anarquia na tomada do táxi. Dificilmente percebemos estar a chegar a um país europeu. O país definitivamente precisa de um novo look, de uma nova fácies. O aeroporto é a porta de entrada. Há que mudá-lo.
O argumento do despesismo é inócuo. Não me apercebi nos restaurantes, nos supermercados ou nas estradas da crise económica dos portugueses. Bem pelo contrário. Gasta-se galhardamente, sem olhar a quê ou como. E não me digam que são [só] as classes altas. Pura invenção ou discurso da "treta".
Mas toda a gente se queixa: do chofer de táxi ao amigo com quem estive de relance. É quase uma forma de estar, choramingar, resmungar.
Feias as portuguesas. A moda agora é desnudar a barriga e repuxar o decote. Nunca vi tanta mulher gorda na minha vida. A bocha, o pneu já não é exclusivo masculino, é algo partilhado, e exibido com ostentação, quase com arrogância. Não percebo já qual o ideal de beleza das portuguesas.