Os independentes e o "Princípio de Peter"
Tal como aqui previra quando se começou a “ronronar” acerca da sua condição de arguido, Carmona Rodrigues “assobiou para o ar” quando Marques Mendes exigiu a sua demissão e procura manter-se, agarrado como uma lapa, ao cargo que o líder do PSD lhe ofereceu de bandeja.
Nos últimos tempos tenho-me lembrado, insistentemente, de uma frase de Jorge Coelho que muitos consideraram “assassina: “Estes independentes são um perigo. São muito imprevisíveis!”.
Independentemente do que venha a acontecer nos próximos dias ( ou talvez apenas horas), os últimos acontecimentos têm demonstrado a validade daquela frase.
Chegou a altura ( como ontem muito bem referiu Paulo Rangel no “Debate da Nação da RTP1) de os Partidos equacionarem o papel dos independentes e o seu protagonismo na vida político-partidária. Talvez o PSD, ao contrário do PS, tenha aprendido a lição. O protagonismo de personalidades independentes pode ser bem mais perigoso para a Democracia, do que pessoas que, embora discordando das posições do líder, estejam engajadas a um Partido.
O jogo político não se compagina com a procura de protagonismo que os independentes perseguem. Chegou a altura de os líderes partidários perceberem o que os independentes teimosamente ignoram: a validade do Princípio de Peter