segunda-feira, 19 de março de 2007

Subir a parada

Lê-se na imprensa:
O líder do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, garante que vai bater-se «tenazmente» contra qualquer assalto ao poder, mas nega estar agarrado ao lugar de presidente dos democratas-cristãos.
Em conferência de imprensa, Ribeiro e Castro garantiu que «ninguém» na direcção do CDS-PP «está agarrado ao poder», salientando que há duas semanas manifestou abertura à realização de um Congresso «sem nenhuma necessidade de o fazer».

Ribeiro e Castro responde ao lance e sobe a parada. A derrota existe só quando travado o combate. Depois disso ninguém dirá que fugiu ainda quando a lógica numérica aponta em seu desfavor. O problema - ao contrário do que Maria José Nogueira Pinto diz - não está em o partido ter ou se tornar um partido de arruaceiros. Está em que o PP já em muito deixou de ser CDS, isto é um partido de centro destinado a ser o terceiro vértice do triângulo entre a esquerda marxista e um PSD social-democrata. O PP é um fortissimo candidato à refundação da direita, comme il faut. E Portas quer ser o maestro dessa refundação que engulirá Manuel Monteiro e possivelmente a ala da direita do PSD.