domingo, 13 de maio de 2007

Não posso deixar de concordar com Miguel de Sousa Tavares

[...] Ainda hoje não se me varreu da cabeça a imagem do padre Frederico, esse sinistro pedófilo e assassino brasileiro, cuja prisão o bispo do Funchal teve a audácia infame de comparar ao martírio de Cristo, e a quem uma juíza benevolente concedeu uma saída precária que terminou com a sua fuga impune e eterna para o Brasil. Na minha própria escala penal, não existe crime mais odioso do que a pedofilia. Se eu mandasse, todos os pedófilos seriam compulsivamente sujeitos a castração química - e logo ao primeiro cometimento, porque não acredito na sua regeneração. As penas seriam cumpridas integralmente até ao final e seriam perseguidos judicialmente todos os utilizadores de «sites» e outro material pedófilo.[...]

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O Miguel tem a capacidade de nos comover com as opiniões desempoeiradas que defende com enorme coragem. Nada devendo nada a ninguém pode falar alto e grosso. Talvez acrescentasse ao que diz no Expresso que quando se vê regressar, com enorme força, a moralidade das sacristias e das velhas beatas que os padres que um pouco pelo mundo fora ameaçam e abusam de crianças cuja miséria [ou abandono] as colocou na dependência da assistência religiosa deveriam ser obrigados a usar o cirílico até aos fins dos dias. Talvez aí percebessem a enormidade do seu crime e penassem - com dor equivalente - por ele.