quarta-feira, 4 de julho de 2007

FRETILIN

A Fretilin ganha as eleições legislativas em Timor-Leste. Previ-o e escrevi-o mais do que uma vez ao longo de 2006 e 2007. Tanto no Jornal Tribuna de Macau como no Jornal de Negócios, periódicos de que sou [e fui] comentador.
Disse, também, que assistiremos ao acerto de contas e vingança do pequeno dirigente comunista [Märio Alkatiri] sobre o líder histórico da resistência timorense [Xanana Gusmão]. As humilhações sofridas por Alakatiri no processo judicial que levou ao seu afastamento serão vingadas, nem que seja com um banho de sangue. Que se cuide Xanana. Não que creio que Ramos Horta tenha a força política de o evitar.
A sorte dos três está escrita [há muito] nos astros. Como a de Timor. São como Rómulo e Remus. Disse no IIM em Novembro de 2007 num debate em que participei com o investigador Moisés Fernandes [possível pela gentileza do meu amigo Jorge Rangel] que Timor é um caso trágico de um estado inviável, incapaz de se governar a si próprio e que carece absolutamente do apoio da comunidade internacional para não cair numa guerra fraticidra que levará ao fim do país. Disse também - para intranquilidade das boas consciências - que a única solução que via era Timor aproximar-se da Austrália e funcionar como seu estado associado [de facto]. Uma espécie de protectorado tal como Porto Rico é face aos Estados Unidos.
Essa [frisei] é a melhor garantia para proteger o futuro [e a prosperidade] do timorense comum. As boas consciências parece que não gostaram. Esbracejam nas brumas da ilusão da mesma forma como olham o mundo e esquecem-se que os homens não são anjos mas lobos.
Como se confirmará em Timor.