segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O Atlas de Rui Rio



Sei que há gente que gostaria de ver Rui Rio na presidência do PSD e, quiçá, Primeiro Ministro. Nos meus tempos de juventude , dir-se-ia que a probabilidade de Rui Rio chegar a desempenhar alguma vez um cargo de relevância política, seria tão exígua quanto a de um elefante passar pelo buraco de uma agulha. Os tempos mudaram e o desejo que alguns manifestam de ver Rui Rio como Primeiro Ministro só denota como estão baixas as expectativas das pessoas em relação aos políticos que podem, num futuro próximo, gerir os destinos do país.
Rui Rio tem uma personalidade “sui generis” e é interessante tentar construir o Atlas da sua personalidade. Por isso me dei a esse trabalho, no intuito de o partilhar com os leitores.


Cultura- é como um deserto. Árido nas ideias, destrói qualquer tentativa de vida à sua volta. Tem também o seu oásis. Pequenino e ridículo, é feito de corridas de automóveis. O seu grande orgulho em matéria que apelida de cultural ( não estou a brincar, ele disse mesmo isso numa entrevista...) é a realização de uma provinciana corrida de automóveis antigos que , anualmente, leva o caos à cidade.
Inteligência-É como a Amazónia. Uma vez que se entra lá dentro, não se vê nada para o exterior
Ambição política- Gostava de ser como Cavaco, mas falta-lhe quase tudo para o poder imitar. Talvez na arrogância se compare aos tempos do Cavaco Primeiro Ministro, mas ainda não percebeu que o Cavaco PR tem uma postura muito diferente da do Cavaco PM. Como a ambição cega, Rio comporta-se como um furacão, pronto a eclodir e levar tudo à sua frente.
Originalidade- Hesito em classificá-lo como um cubo de gelo no Árctico, ou como um nenúfar sobre um pântano. Acho mesmo que tem as duas vertentes. Tanto passa despercebido como o cubo de gelo no Árctico, como se mascara de nenúfar para esconder o pântano de ideias em que se move.
Relações pessoais- É como uma beata mal apagada num pinhal, numa tarde quente de Verão. A qualquer momento pode atear um incêndio
Relação com a cidade do Porto- Como não se lhe conhece nenhuma, que tal um “buraco negro”?