segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Porto (não) sentido- 2


Durante o fim de semana, o Porto foi palco de um novo “desporto radical”: a Red Bull Air Race. Eu, modesto praticante de kite surf que até ontem acreditava praticar o desporto onde a adrenalina sobe a pontos mais elevados, desenganei-me. Voar naqueles aviõezinhos que mais parecem folhas de papel largadas ao vento, deve elevar a adrenalina a níveis para mim inimagináveis. Um espectáculo de tirar a respiração, mas não só a mim. Também às 600 mil pessoas que, bordejando as margens do Douro, “da Ribeira até à Foz...” aguentaram a pé firme o desenrolar da competição. Tornei-me fã deste desporto ( que nunca em dia algum virei a praticar, obviamente) e, para o ano, espero não perder mais uma etapa desta empolgante competição.
Chegou a altura de explicar,que esta etapa da Red Bull Air Race só veio para o Porto, graças à sagacidade de Luís Filipe Meneses, que ali viu uma janela de oportunidade para mostrar a cidade ao mundo ( e foram milhões, em todo o Mundo, que viram a prova através da televisão, segundo me afiançaram).
Rui Rio- que terá manifestado desinteresse pela iniciativa – aproveitou no entanto a boleia do seu colega de Gaia para se mostrar. Os vampiros são assim. Incapazes de ver mais longe do que o seu próprio umbigo, aproveitam as ideias dos outros para tentar brilhar. Filipe Meneses, tal formiguinha diligente, lá terá aproveitado para cativar mais algumas simpatias que lhe servirão para amenizar a derrota no dia 28, mas terá ganho bastantes mais votos numa eventual candidatura à edilidade portuense. Por mim, gostaria de voltar a ver , à frente dos destinos da cidade, alguém que amasse o Porto e tudo fizesse para a engrandecer. Rejeitaria, de imediato, um candidato que está a servir-se do Porto para chegar a Lisboa. Já chega o exemplo de Fernando Gomes ( que apesar de tudo fez um excelente mandato, diga-se...)