O "caso" Licínio Bastos
O episódio Licínio Bastos, o português residente no Brasil envolvido na compra de sentenças judiciais e decisões políticas para beneficiar casas de bingo e de máquinas de jogo e azar, bem como grande financiador do Partido Socialista no Brasil é daqueles casos caricatos de promiscuidade entre a actividade criminosa e a vida partidária. Não se percebe que alguém com estas características possa ser, com o aplauso da direcção nacional, o "financiador"do PS num círculo extra-Europa. A questão que se coloca é se não será também financiador do PS nacional. O secretário de estado das comunidades, personalidade "brilhantissima" que tive a oportunidade de ver numa recente visita a Macau, meteu os pés pelas mãos sobre se havia ou não recebido por mais de uma vez o "ilustrissimo" figurante. Seria importante que o PS esclarecesse esta baralhada. Não basta atirar setas em relação ao PSD mas ser coerente com quem prega moral. Marques Mendes fez-se a sua limpeza de casa e foi corente com o que se propôs.
Afirma-se por aí que Licínio Bastos é um homem de confiança de Laurentino Dias, o secretário de estado dos desportos. Privei com o Laurentino entre 1999 e 2000 no mestrado de ciência política na Universidade Católica e tenho a ideia dele de um homem sério e honesto. Vamos a ver se também por aí não vem restolhada.