quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O folhetim da Câmara de Lisboa

Ponto 1 - José Sá Fernandes esclareceu que nunca excluiu entendimentos com o novo presidente da câmara de Lisboa, António Costa, lembrando inclusivamente que, antes da campanha eleitoral apelou à convergência entre as forças de esquerda.
Ouvido pela imprensa, o vereador que tomará conta do pelouro do Ambiente considerou que Helena Roseta, que na quarta-feira sublinhou que «não troca lugares por compromissos», não terá ouvido bem o seu apelo.
«Apelei antes da campanha para que houvesse uma união de todos. Fi-lo publicamente e dirigi-o quer à Helena Roseta, quer ao Ruben de Carvalho, quer ao António Costa. Durante a campanha fiz um apelo para que houvesse convergência entre estas forças. E agora, depois das eleições, continuo a fazer o mesmo apelo», recordou.
O vereador eleito pelo Bloco de Esquerda frisou ainda que apenas excluiu qualquer tipo de entendimento com os elementos da lista de Carmona Rodrigues e que por isso não percebe as declarações de Helena Roseta.
«É importante haver convergência para Lisboa, faz falta falar a Lisboa e quanto mais forças tiverem neste combate, sem ser as forças que puseram Lisboa neste estado, acho devem haver entendimentos», acrescentou.
Ponto 2 - Na quarta-feira, a vereadora Helena Roseta considerou que José Sá Fernandes se contradisse ao assinar um acordo político com António Costa e por isso exigiu um pedido de desculpas ao vereador eleito pelos bloquistas.
«Hoje disse ao vereador Sá Fernandes que ele me exigia um pedido de desculpas, porque todos ouviram, durante a campanha eleitoral, que ele disse várias vezes que os cidadãos por Lisboa e a Helena Roseta tinham um acordo com António Costa», disse.
Num jantar com apoiantes, a vereadora eleita pelo movimento «Cidadãos por Lisboa» recordou que, durante a campanha para as intercalares de 15 de Julho sempre disse que nunca faria este acordo e que afinal foi o vereador Sá Fernandes que o fez.
«Afinal ele é que queria fazer um acordo e agora ficámos todos a saber afinal a quem é que o 'Zé fazia falta'», afirmou Helena Roseta, numa referência à frase de campanha usada pela campanha de José Sá Fernandes.


Meu Deus o Zé fazia falta! Isto ainda agora começou mas [já] vai por um lindo caminho. Em vez de elegerem um executivo para a Câmara os lisboetas elegeram um bando de lacraus e puseram-nos todos dentro do mesmo saco. E depois de considerarem a Câmara mal governada tornaram-na ingovernável. No espaço de um ano [o mais tardar] teremos vereadores demitindo-se e acusações de traição para todos os gostos. E novas eleições. Se não processos em tribunal.
Estes cromos da esquerda que estão hoje na Câmara é tudo gente que manda mais bocas do que faz alguma coisa de geito. É tudo malta da democracia participativa, do devolver a voz aos cidadãos, do trélélé mas quando se trata de arregaçar as mangas e ir ao trabalho arrega Satanaz isso é com os outros, com a direita dos interesses.
O Dr António Costa que é um tipo catita e o mais decente nesta roda de caretas ganhará mais uns cabelos brancos, a aturar esta gente e a responder às fugas de informação para a imprensa. Mas é-lhe reconhecida uma paciência de chinês depois de aturar as alarvices do Dr. Alberto Costa, esse modelo de competência na área da Justiça que o governo socialista tem. No fundo é bem intencionado, mas quando quiser pôr ordem na vereação vai-se chamuscar.Mas como tem uma boa estrela pode ser que se safe.
Ainda vamos ter saudades do Dr. Santana Lopes no fim deste folhetim. Oiçam o que digo.