segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Viajar pelo Mundo, durante o fim de semana

Ao fim de semana compro, habitualmente, três ou quatro jornais estrangeiros. Não tenho títulos fixos, mas as minhas preferências vão para o "El Mundo", "El Pais","Le Monde" "Le Nouvel Observateur", "The Guardian"," Daily Telegraph" e "Clarín". Ao contrário do que acontece com os diários portugueses, que leio em pouco mais de uma hora, demoro vários dias a ler alguns deles.No final, faço sempre a mesma constatação:vivo num País que não pertence a este Planeta! Porquê? Porque as notícias que leio na imprensa estrangeira me fazem sentir "cidadão do mundo", enquanto as que leio na imprensa portuguesa me fazem sentir paroquiano. A imprensa portuguesa(com excepção de algumas revistas semanais)é centrada no noticiário nacional e nas tricas de Paróquia. O noticiário internacional é escasso, reduz-se quase exclusivamente a notícias de agência, tratando em meia dúzia de linhas o que outros títulos estrangeiros abordam em algumas páginas. Só lendo a imprensa estrangeira se pode ter uma ideia abrangente do que se vai passando no mundo, seja no médio Oriente ou na América Latina.
A imprensa portuguesa usa e abusa de artigos de opinião,muitos deles sem qualidade e outros, tão vincados partidariamente, que são pura perda de tempo.
Por tudo isto, não admira que cada vez haja mais pessoas a restringir a leitura de jornais aos gratuitos ( entre generalistas, desportivos e temáticos, são já sete os títulos em Portugal e o número tende a aumentar a muito breve trecho). Que saudades dos tempos em que havia jornais em Portugal, capazes de nos fazer levantar mais cedo, para os comprar! Hoje, a imprensa portuguesa parece mais uma cadeia de "fast food" onde os alimentos são todos iguais, apenas variando a forma de os embalar. Já não há pachorra!