quarta-feira, 18 de abril de 2007

Brasil, meu triste Brasil

Pessoas correndo, explosões, tiros, mortes, pânico e medo. Não, não estou falando de Bagdá, estou falando do Rio de Janeiro. Cidade Maravilhosa, das mais belas praias, das alegres festas. O cartão postal mundial é hoje palco do terror.
O Brasil enfrenta uma guerra civil pouco retratada na mídia internacional. De um lado, policiais, do outro, o tráfico e as quadrilhas. Cidadãos e trabalhadores apavorados, de janelas fechadas e portas trancadas. As ruas desertas, olhares desconfiados e o silêncio na escuridão caracterizam hoje o cenário carioca – o principal foco do conflito.
É no Rio de Janeiro onde os extremos se encontram: de um lado, uma vida boemia, festas luxuosas, carros blindados, mansões milionárias, alto índice de educação e saúde comparável aos níveis experimentados pelo chamado 1° mundo, do outro, fome, desemprego, analfabetismo, frustração, sistema educacional precário, atendimento péssimo nos hospitais públicos e, por fim, sistemas penitenciários que, denominados “correcionais”, somente potencializam a formação “intelectual” dos criminosos.
Sem o amparo do Estado e sem o requisito básico para a existência humana – o trabalho – os excluídos encontram-se marginalizados, ou pior, desumanizados. Ademais, ainda têm que enfrentar a violência nos subúrbios e a crescente guerra entre policiais e bandidos.
A população encontra-se apavorada e reivindica posições dos seus governantes. Mas a maioria destes se encontra ocupada demais, corrupiando. É neste momento que a população brasileira cai na falsa idéia de democracia. Essa palavrinha tão aclamada pelos povos no decorrer da história apenas serve para dar legitimidade àqueles que se encontram no poder.
Enquanto o povo brasileiro não aprender que eles é que fazem as mudanças, e não os detentores de poder,continuaremos reivindicando transformações e esperando atitudes de braços cruzados pela eternidade.