Desculpem se me enganei!...
Não costumo utilizar este blog para escrever sobre questões relacionadas com jornalistas. Para isso, uso os sites da classe, como o do Clube de Jornalistas e um ou outro blog de jornalistas, como o do João Paulo Meneses, que foi meu contemporâneo em Macau.
A razão porque há dias referi o caso de jornalistas condenados por dizerem a verdade, mas terem "prejudicado a imagem" de empresas ou instituições, foi porque considerei as sentenças do STJ e do Tribunal de Braga aberrantes para a minha profissão, violadoras das mais elementares regras da liberdade de expressão, por saber que aqui escrevem outros jornalistas e por, talvez ingenuamente, ter pensado que suscitaria interesse a qualquer português, mesmo a viver fora de Portugal.
Na verdade não se trata de um “fait divers”...o assunto em Portugal tem sido amplamente debatido fora da classe jornalística e considerado preocupante por políticos e "opinion makers"de todos os quadrantes.
Enquanto jornalista, são estas questões que me preocupam - e não saber se o assessor de imprensa do Ministro A, ou o próprio PM , tentaram pressionar um jornalista.
E não me interessa, por duas razões. Primeiro, porque é uma prática seguida pelos vários Governos ( alguns dos jornalistas visados confirmaram-no); segundo, porque tenho a certeza que nenhum deles se deixa pressionar.
Assim sendo, não há discussão, mas sim um “fait divers” que pode agradar aos apreciadores de leitura de cordel e revistas “cor de rosa”, mas a mim não me interessa discutir, por achar irrelevante. Como aliás todos os que ontem se deslocaram à ERC reconheceram ( à excepção de José Manuel Fernandes, por razões sobejamente conhecidas). O que me preocupa, outrossim, é pensar que pode haver jornalistas "pressionáveis", incapazes de denunciar essas pressões.