terça-feira, 24 de abril de 2007

25 de Abril 1- Sempre!...

Pertenço ao número de pessoas que ainda gostam de comemorar o 25 de Abril. Movo-me num círculo de amigos que nunca sentiram necessidade de enveredar pelos caminhos do "esquerdismo juvenil", para terminar anos mais tarde a bajular a direita, repousando no seus braços com discursos de pretensa "modernidade", porque desde jovens sentiram ânsia de viver emLiberdade, num regime democrático.
Sou, por isso, dos que estou grato ao MFA por me ter restituído a Liberdade, sem a qual eu não estaria aqui a escrever, porque a blogosfera seria controlada pela Censura. Gosto de evocar nomes como o de Salgueiro Maia, um exemplo raro de abnegação desinteressada a uma causa. Não escamoteio os erros de percurso, cujo expoente máximo terá sido o PREC, mas não esqueço que o 25 de Abril mudou a face do país, deu alguma esperança a muitos dos que a tinham perdido e permitiu acabar com uma guerra infame e insana que ceifou a vida a milhares de jovens.
Tive a possibilidade de viver o 25 de Abril por dentro, porque estava na EPI em Mafra, e acompanhei grande parte do período revolucionário que se seguiu dentro de quartéis. Não tive, como outros, a possibilidade de viver na rua momentos marcantes daquele período, mas tive uma perspectiva que a maioria dos meus contemporâneos não teve.
Volvidos 33 anos, há no entanto coisas que não se coadunam com o espírito de Abril. Nos posts que se seguem dou alguns exemplos que nos deviam envergonhar. Por serem mesquinhos, aviltantes, ou apenas patéticos.