segunda-feira, 23 de abril de 2007

Os franceses enterram o culto heodonista da violência

[...] A França e os franceses gostavam de se ver como a encarnação histórica de valores que supunham universais: os valores de 1789, que, de resto, continuam a comemorar no 14 de Julho, o dia da tomada da Bastilha. Desgraçadamente esses valores desapareceram depressa e o que ficou e se propagou foi o exemplo da revolução. Por outras palavras, da violência. A liberdade, a igualdade e a fraternidade não prosperaram em França como prosperaram em Inglaterra, na América ou na Escandinávia. O grande legado da Bastilha ao mundo acabou por ser o culto do terror, como panaceia para qualquer espécie de injustiça, e a justificação desse terror como "filosofia do progresso". Não por acaso, o leninismo, o estalinismo e a aberração marxista encontraram em França os seus mais devotos defensores. Afinal, não estavam eles convencidos que 1917 consumava 1789? [...]

Vasco Pulido Valente no Público