quarta-feira, 4 de abril de 2007

De Lisboa a Nova Iorque

A imprensa matinal esforça-se, de vez em quando, por nos dar notícias que nos façam esboçar um sorriso logo pela manhã e ficar mais bem dispostos ao longo do dia.
Foi o que aconteceu hoje, quando li que um estudo da Mercer Consulting concluíra que “Lisboa é melhor que Nova Iorque”. Confesso que não foi novidade, pois eu já experimentara essa mesma sensação na última vez que lá estive, como passo já a demonstrar.
Passeava eu por Central Park, e só suspirava por regressar rapidamente a Lisboa, para poder desfrutar da beleza do Jardim da Estrela. Depois, tomava o pequeno almoço em plena Broadway, ao lado de Woody Allen, e pensava num lamento: bom mesmo, era se agora estivesse no Parque Mayer a tomar café com o Tony Carreira!
Em plena 5ª Avenida, só sentia saudades da Avenida da Liberdade e junto ao Ground Zero, só me vinha à memória o Túnel do Marquês.
Pensei que à noite as coisas melhorassem, mas quando cheguei a Greenwich Village logo tive saudades da Cova da Moura e mesmo em Times Square, só suspirava pela animação do Terreiro do Paço às 10 da noite!
E em termos de Arte? Há alguma comparação entre a Estátua da Liberdade e o monumento fálico do Cutileiro no topo do Marquês? Ou entre o Guggenheim e o CCB?
Meus amigos, os estudos não mentem, Lisboa é incomparavelmente melhor do que Nova Iorque e acho mesmo injusto que Lisboa esteja colocada em 47º lugar, atrás de cidades tão desinteressantes como Viena, Zurique, São Francisco, Helsínquia, Londres ou Paris.
E claro que o facto de Lisboa ter ficado colocada em 69º lugar no que concerne a cuidados de saúde, também não interessa nada para o caso, porque ocupa uma excelente posição na tabela classificativa, no que respeita à qualidade dos serviços financeiros.
“Lá vamos, cantando e rindo, levados, levados sim....”